quarta-feira, 30 de maio de 2012

Dedos e Dados


A possibilidade de se relacionar sob múltiplas formas constrói um novo exército de 'seres' vislumbrados pelas pontas de seus dedos, esses quase possuem vida própria, reagem tão nervosos às ferramentas modernas.
Vivemos um grande dilema, o de trocar as relações interfaciais pelas telinhas eletrônicas, quem já ouviu falar daquela 'família de 4 membros', totalmente entregue à Era Digital, em que cada indivíduo comprou sua tecnologia (notebook, smartfone,i-Pad, tablet, enfim) e ilhados em sua 'privacidade', comunicavam entre si dentro de casa, tipo assim, vem almoçar via facebook! Por que, se a distância era de um cômodo? Quem são os culpados pela sistematização da sociedade contemporânea, e pela elucidação dos 'belos ideais' da era da tecnologia e da informação?
A produção humana, os fatos e os acontecimentos vão construir o retrato de nosso tempo, retrato esse, digital e com edição para melhorar os aspectos. Historicamente, vivemos em ciclos, ora de apogeu, ora de decadência, me refiro aqui à história humana, cheia de altos e baixos... então, podemos dizer que urge uma Nova Era de esplendor ou de bestializados? Os três Bs servem de exemplo para mostrar testes e mais testes de como controlar, a mente, a besta!          
Estamos cada vez mais prisioneiros de nossas vontades e “necessidades”, criadas... Dormir esqueça, a besta está solta e o tempo está curto, já é 2012? vamos nos deliciar com o fantástico chiclete que nos consome, podemos dizer que o chiclete é como metáfora para telinhas mágicas, onde a gente constrói uma fantástica fábrica paralela,  temos perfil, personalidade(s), desejos, angústias, fotos, momentos, registros, devaneios amorosos, relacionamentos perfeitos, fragilidade e/ou perfeição excessiva!?  
O pior é que a gente constrói isso conscientemente, o grande G não bate em sua porta e lhe pedi informações sobre sua vida, é você quem vai procurá-lo e alimentar seus campos invasivos, mas perceba a analogia, somos todos bebês em crescimento, ainda que há  pureza em bebês recém-nascidos, que desde então são “alimentados”, tendo na dor um processo desencadeado pela necessidade (fome), a ingestão gera o alívio e uma experiência de satisfação, daí por diante, associa-se ao traço da memória e a excitação produzida pela necessidade, um impulso psíquico que procurará revocar a própria percepção, restabelecer a situação original de satisfação, é o que chamamos de 'desejo'.  
Pare, pense e reflita... os dedos são nervosos, a fome de tela faz parte de um processo, é você quem deve julgar se é bom, mas não deixe de romper os cômodos, beijar, abraçar e conversar com seu próximo, seja Humano!

2 comentários:

  1. Bom texto. Ótimas analogias. E como você mesmo disse cada um julga se é bom, ainda, o grande G não bate a nossa porta. O mundo está aí como é, cada um escolhe o que quer: Temos dois exemplos próximos, Rey. Eu e a Thamires. huiahoauihauiohoauihuioahouiahiuahoiahioahoiahiaohiahoaihaiohaoihaoihaoi...
    Mas achei interessante a critica que você fez. Porque por mais que usemos para nos aproximar dos demais, valorizar nossos feitos ou mesmo crescer de alguma forma, temos de ter o contato humano. as pessoas PRECISAM mediar as coisas!

    Mais uma vez, PARABÉNS!

    ResponderExcluir