terça-feira, 9 de maio de 2023

Azul

Eu poderia listar umas 7 músicas que me lembram 

você, 

Elas me levam para 7 cores,

Uma paleta de tom pastel, 

Que me remete uma paz silenciosamente bucólica, 

De uma tarde doce e outonesca,

Com sabor de café meia torra, servido com uma 

torta Red velvet.

.

O tom é azul do Alasca, por que o coração congela,

O céu tem tom azul acinzentado,

O coração ainda é vermelho, mas corre ralo,

E como diria a Lana em NFR, 

Você é um homem-criança, 

E eu te acho divetido e engraçado, 

Você tem uma verdade muito própria, 

Um arranjo loucamente desarmônico, mas

totalmente único e apaixonante, 

.

Eu fico azul, 

Eu olho pra cima e te vejo no céu,  

Eu olho para frente e te vejo no mar,

Eu posso até olhar para dentro de mim e te

encontrar, 

Te encontro na minha pele, 

Te encontro na minha mente, 

Te encontro  na minha serenidade caótica, 

Eu te vejo nos meus desejos (do que é livre e do que

aprisiona),

Eu sinto todo brilho que a vida pode ter 

apagado, 

Eu sou uma morada passageira, mas sou casa, 

Eu não te levo o brilho, por que não é necessário, 

Eu só te entrego o que posso dar (isso é tão claro

para mim), 

É naquele olhar com brilho, 

Que eu te entrego além de minhas palavras

enroladas e digitadas rapidamente, 

Eu te entrego lacres, não como lição, mas como

afeto, 

Como quem que se importa e quer estar ali, mas 

que sabe que seus caminhos estão de volta para 

dentro (de si), 

E eu não entro, mas eu bato na porta e te deixo um 

objeto inanimato com tom azul, dessa vez ele é da

patagônia, 

Talvez ele se transforme,

Talvez ele se desfaça em suas mãos criadoras, 

E se torna um ponto de luz, um ponto de paz, uma

memória, um brilho, um olhar,

Talvez ele esteja indo embora.

Ele pode encontrar mil referências de azul,

Ele fica feliz (e reflexivo) por imaginar o seu preferido, 

Ele não pode encontrar o seu tom e nem criar um 

tom comum, mas ele pode imaginar, por que há mil tons de azul(is).

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Morada

Novos sentimentos, velhos dilemas,

Definitivamente nem tudo é escolha, 

Ao menos nem tudo é consciente,

A gente sente, Não entende, Não aprende...

Os caminhos não são fáceis, 

Ao menos não são facilitados, 

É uma escolha? 

Que escolha é essa?

Silêncio, 

Olhares,

Intimidades, 

Mapas, 

Cenas, 

Contornos, 

Fronteiras,

Territórios inabitáveis?

Grito, de roupa, rouca, parece que a gente não vê ou vê? 

Mas não quer crer que Eu, Você,

Não dá pra explicar! 

Silêncio, calma, olhares e só assim você mora em mim, 

Morando, olhando e habitando...

Um Minuto, respiro, rio, gozo, arrepio, mas não durmo, você está de passagem!

E no final tudo se desmorona, 

Você não é lar, não é casa, não é habitável, mas podia ser... ou parecer ser, ser Sendo, sendo que... não sei, não sei, nada sei? Só te habitei.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

DEZoito

10 com 8, 

Aqui nós temos 18?

Ou somente 2? 

Ou somente 1?

Ou somente nada?

18 pontos de reflexão, 

18 vezes, 

18 vontades, 

18 ciclos, 

18 em 2425 dias, 

Parece que a conta não fecha, 

Parece que foi tempo demais, 

E foi!

Começou primavera, terminou outuno,

Fez frio, 

Fez calor, 

Teve sol, lua, conhecimento e conexão,

Teve mistura, fissura, gastura e lisura,

Teve, teve e só teve. 

Algo se perdeu nesse ser,

Por que sendo, era para crer-sendo.

Crer no ser, ser crendo, ser sendo!

Era, como uma era, que cresce, se expandi, 

amadurece e se faz viva, 

Era e foi, não é mais, morreu-se em DEZoito, 

Deu-se em 2, 

Depois em 1, 

Depois em 0,

E agora adormece, cicla-se, vai-se, sem ao menos 

semear uma semente florescedora.

18 vezes, 18 textos, 19 possibilidades para olhar 

esse novo ser, que cresce e continua sendo.


domingo, 20 de março de 2022

DESenhar

 As cores finalmente voltaram,

As linhas vão tomando forma,

Saímos do ponto?

Esse desenho já não é só um esboço!

Eu quero poder estar lá cima,

E ver todas aquelas luzes, descendo.

Você me entende? 

.

Do dark ao arco-íris,

Do ceú à terra, 

Do ar ao éter, 

Você me entende!

Parecemos meio loucos e será que estamos?

.

Cores, desejos e sentimentos, 

Músicas tocando ao fundo,

E a fumaça me levando, 

Eu flutuo nas cores, 

E nas nossas formas. 

.

Grito por dentro,

Sigo perdido aqui fora,

Buscando encontrar novas formas e entender velhas histórias.

.

Verdades de um desenho que construímos juntos, 

E que só a gente pode colorir,

Ou talvez, apenas rasgar! 

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Meus 5 "Es"

A transitoriedade é uma parte, ainda em reflexão, dessa minha realidade transformadora.
Esse trânsito me traz inúmeras formas de sentir, aprender e viver.
.
Em dias como esses, de mudanças profundas,
Eu preciso só respirar,
E ver certas coisas como um sopro,
E ver os caminhos como escolhas,
E ver as mudanças como necessárias.

sábado, 4 de março de 2017

101: um pouco de tudo e muito de nada

Há pouco tempo tentava organizar meus pensamentos para que eu pudesse reagir frente as pendências que me rodeavam,
Me veio a ideia de revisitar os meus escritos no blog,
Percebi que algo sempre perdura, a vida é um caos escrito por dentro e por fora.
Em meio aos inúmeros textos que expressavam parte desse eu,
Me confrontei com quase cincos anos de relatos,
Refleti a profundidade de minhas mudanças,
Mudou-se quase tudo,
O rosto, as falas, a escrita, as prioridades, a visão de mundo, as vontades, até o quarto!
Mudei o nadar na minha própria piscina.
Não se trata apenas de um refletir nostálgico, até por que qualquer reflexão de si, já o torna implícito,
Percebi que a minha capacidade de visão nos 28, quase 29, tem seguido um caminho para um ser/estar melhorado, nunca acabado. Isso talvez seja um clichê, mas que poucos o fazem.
Refletir nossas fases é reafirmar a(s) filosofia(s) de vida, é reconstruir @ história em meio a um mundo descartável e líquido, que enforca o passado, asfixia o presente e potencializa um futuro fadado à desilusão.
Lembro que não estou fora desse contexto, sou fruto do meu tempo, mas isso não me tira a possibilidade de repensar esses caminhos,
É louco ver como somos atravessados  por tudo, influenciados e influenciáveis.
Não sei por que caminho quero concluir esse texto,
Só tive vontade de fazer algo que traz um encontro dos meus muitos, um reencontro comigo mesmo via escrita,
Quero um retorno à reflexão, que ora me leva a nenhum lugar, ora me leva a todos lugares...
Lugares do mundo, do meu ser e da minha existência!

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Primaveril

Nosso papo parece um sarau,
Nossa vida estendida no varal,
As roupas não tem cor,
Os pregadores são feito flor,
A gente está pendurado, enquanto nos obrigam a evoluir, a secar!
A gente já nem é mais roupa,
Porque nossa atenção tá no chão,
Tá no verde, na formiga, na terra.
Essa é nossa evolução,  
A alma sente a brisa,
O corpo sente a ventania.
E você o q sente?
Sinto que só o amor em todas suas formas poderá nos salvar.