Isto não é uma flor.
Isto não é anel de metal.
Isto não é uma fotografia que aprisiona uma paisagem da natureza.
Isto não é um conceito fechado e amarrado em sua própria concepção.
Isto é o que você quiser que seja.
Quem foi que definiu vida e morte?
Quem foi que disse que o verde é da esperança? Que o azul é da calmaria? Que o branco é da paz? E o vermelho da paixão?
Pense, reflita, desconstrua as coisas prontas e estáticas,
Permita-se a um olhar livre e que vai além do óbvio,
Livre-se das camisas de força, dos padrões que excluem, dos modelos limitadores, do estético imposto, da gaiola que quer prender seu coração e adequar seu corpo.
Pense além da realidade que seus olhos vêem,
Questione as conformidades,
Aprenda com o silêncio e com as palavras, grite por seu ser se for preciso,
Deixe sua mente livre pra voar, flutuar e até sonhar,
Desconfie do certo e do errado, da verdade e da mentira,
Observe os discursos, as falas e as intenções, tudo tem significado e representa um símbolo,
Questiono a loucura.
Abuse das perguntas e construa suas respostas,
Critique sua própria crítica,
Liberte-se da concepção da flor e do anel,
Construa seus próprios símbolos através de novas possibilidades,
Isto não é uma flor, isso não é um anel,
Isto é só o meu eu querendo liberdade pra pensar e refletir sob novos olhares e perspectivas,
Isto é um sentimento, uma sensação, uma resposta para algo que se vê além da união de uma flor com um anel de metal,
Esta é minha forma de intervenção, de rasgar a camisa de força, esse é meu reconhecimento de que a visibilidade é uma armadilha, mas também é uma forma de renovação ou até de revolução do meu ser,
Este sou eu, desconstruindo os conceitos e partindo pra uma analogia que não designa concretude, papéis, jogos ou relações de forças entre a flor e o anel,
Este sou eu em minha própria contradição, expressa na multiplicidade de olhares irrestritos, cercado por um sistema que cerceia, oprime, vigia, aprisiona, afoga, sufoca, mata e que te faz ver sentido em todas esses símbolos impostos,
Isto não é uma flor nem um anel, mas sigo acreditando que talvez "isto" possa fazer eu me sentir um humano que ama em complexidade, simplicidade e contradição, um ser nunca desistente e nem resistente as mudanças.
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