quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Escrevedor

Escrever não é apenas juntar letras e formar palavras,
é construir conceitos, valores e opiniões,
é navegar por versos e prosas, por contos e crônicas,
é comunicação e expressão,
é formalizar algo, 
é externalizar o interno e internalizar o externo,
é caminhar sobre linhas, 
é viajar por diversos lugares, 
é encher e esvaziar a alma,
é sentir todos os sentidos,
é arrepio e calafrio,
é choro e riso, 
é tristeza e felicidade,
é dual, porque é arte humana, 
é incompleto porque nunca vai ser concreto.

É possibilidade de reflexão,
é o poder do sim e do não,
é uma outra visão,  
é o resultado de uma relação e interação,
entre sujeitos e verbos, 
entre letras e palavras,
entre frases e parágrafos, 
entre alma e ser,
entre lápis e papel,
entre o bêbado e o equilibrista,
entre o mágico e a cartola,
entre começo, meio e fim...

Escrever é construir algo,
que possa servir aos outros ou a si próprio,
é responder as perguntas feitas de antemão,
é colocar para brigar seus valores e verdades, 
e brigar para colocar suas verdades e valores,
é lutar contra o ego e lhe dar força, 
é um embate entre as partes,
é rachadura, é fissura,
é construir e desconstruir,
é enxergar sob novos prismas,
é não se conformar com uma visão,
é colocar  binóculos e os tirar,
é inversão, é ação,
é subir à mesa, pisar na cadeira e sentar no chão,
é não se confortar nunca...
Escrever é uma possibilidade, 
mas não de verdades absolutas ou perfeitas!

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