quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Vagueando por esses cantos

Caminhando, cantarolando e vagueando por essas ruas,
Ruas que tantas vezes me levaram a ti e até mesmo a mim,
Ruas de encontros e por vezes desencontros,
Ruas em que canto, conto e não mais me encanto, 
Ruas vazias de canto a canto,
Ruas que meu canto não serve de ponto,
Ruas sem brilho, calçada do desencanto, portão do silêncio e tristeza nesses cantos,
Rua e ladeira, sorriso e choro, felicidade e triste, encontro e despedida,
Essa rua já teve um ponto, o ponto!
Caminhei buscando esse ponto e não encontro num só canto, 
Esse ponto de luz e de brilho só encontrei num só canto,
Sei que esse ponto é como um pássaro, que voa para outros cantos,
Enquanto eu canto passando por esse ponto, no fundo me encontro,
Por vezes passei por esse ponto sem ver o quanto ele era meu encanto,
Hoje passo nesse canto e não há mais ponto, tampouco encanto,
Mas em certo ponto, muitas coisas ficaram desses encontros,
Para encontrar esse ponto, eu canto, mesmo que num singelo pranto,
Não peço para vida amenizar e esquecer o canto, o pranto e os encontros, porque neles eu me encontro,
Esse caminhar seja de dor ou clamor é sempre com amor,
Com essa herança eu canto, eu busco o ponto, lembro dos encontros e isso não quero esquecer!
Lembro que a vida não me deixou ir nesses cantos nem desvendar seus encantos,
A minha herança para você, é ser um ponto ou canto, um feixe de memória, uma coisa boa que se guarda na caixa de decoração mais bonita e é isso que eu canto caminhando por esses pontos.
Estar guardado nessa caixa faz parte do encontro ou desencontro,
Espero que a poeira da caixa, o tempo dos homens e a vida do universo me faça feliz novamente num canto,
Vagueando estou por esses cantos e não lhe ter nesse ponto, me faz entender que não preciso lhe apagar dos meus cantos,
Na verdade preciso apenas aprender e entender o quanto e o que herdei de você...
O amor pleno que me fez reconhecer no mundo o que há de mais bonito: a vida, as palavras e os sentimentos!

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