Uma nova velha história para um novo velho capítulo de um novo velho livro que é a vida,
Tudo parece estar num círculo vicioso, embora pouco virtuoso nessas repetições,
Ciclos como estações, que vem e vão trazendo sensações e sentimentos,
Embora tudo isso faça parte da vida humana e das relações sociais, vivemos perdidamente presos numa lógica-produção do ter em detrenimento do ser.
O consumo dos sentimentos enquanto produto-mercadoria traz a tona uma lógica vazia do ter, da posse e da apropriação quase indevida de algo que foi feito para ser sentido?
Evidentemente essa é só uma faceta das contradições e implicações dessas relações humanas. Até que ponto refletimos sobre nossas relações? Aí mora um ponto, pensamos e refletimos demais.
Estamos cada vez mais postos a pensar do que simplesmente viver e sentir essas relações, procuramos "definir" um mix entre razão e emoção para tentar viver em equilíbrio-felicidade, como se fosse necessário colocar um problema com fórmula a ser resolvida, para algo que não se equilibra, algo que existe na imperfeição, na inconstância, nas relações de poder e até de dominação, no cotidiano quase tétrico e metódico, algo que não é para ser bonito esteticamente e sim vivido simplesmente.
Na simples lógica do ter, cria-se a incapacidade do ser, criam-se mentes doentias e corpos arredios às sensações e a pureza dos sentimentos, nos quais perduram o medo e a tristeza como alimentos essenciais da alma e do físico,
Não há como negar os sentimentos e as sensações, talvez nossa maior confusão seja a de entender porque o ser e o sentir se tornaram tão complexos e é no não entendimento que seguimos querendo ter, porque é mais fácil se apropriar de algo, cobrar algo, atribuir posse, valor e competência do que simplesmente viver algo, sentir, se entregar e se ferrar se for preciso.
Enquanto amar for algo complexo, continuaremos entregues, assim como somos ao sistema, ao consumo e ao vazio, talvez reconhecer no amor, a pureza, o fraterno, o alimento, o respeito, um sentimento verdadeiramente sem fórmulas, estaremos dando um passo para deixar de seremos corpos dóceis, doentios, medrosos e até maldosos para si e para os outros.
Talvez eu esteja expressando de algum modo um sentimento acrítico ou crítico? 'Sigo Refletindo com algumas respostas'.
Talvez eu esteja expressando de algum modo um sentimento acrítico ou crítico? 'Sigo Refletindo com algumas respostas'.
Perfeito.....como todos os outros
ResponderExcluirObrigado Aline, fico feliz que tenha gostado! Isso me inspira a continuar escrevendo nesses blocos de nota e publicando por aqui! 😊😁
ExcluirIncrível! Como é real e ao mesmo tempo tão assustador todas essas indagações? E quão assustador é saber que nós estamos apenas assistindo e nem um pouco agindo.
ResponderExcluir"Precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo" e pelo que parece não queremos uma mudança :/