terça-feira, 1 de setembro de 2015

Desconstrução

Agosto se foi sem levar de mim uma só palavra, 
Estou numa zona fronteiriça no que diz respeito ao autoconhecimento, 
Me encontro desterritorializado, 
A vida quer me levar a um lugar que não conheço e ao mesmo tempo não me leva a lugar algum,
É quase paradoxal estar perdido no espaço-tempo das sensações, sim este sou eu!
O novo se faz presente em minha vida de inúmeras formas, o sol nasce pra mim,assim como a estrela pra noite,
Sempre me envolvo com as estações e com o que elas podem me provocar a nível de sensações e sentimentos. 
Sou das fissuras que fogem o intocável, dos cortes cicatrizados, dos ramos rizomáticos nada estáticos, sou do desajuste encontrado nos sabores temperados sem medida precisa, sou alguém fácil pra vida e difícil pro entendimento, 
Sou fantasmagórico quanto ao meu cotidiano, sou pouco estático, sou intensidăo em tamanho e intensidade, sou do tipo que não consegue transpor, transfigurar e transgredir o garoto que se multiplica em sensações e sentimentos, 
O mesmo garoto do interior de meses atrás, que se vê intocável do ponto de vista externo, mas que enfia o dedo na própria ferida,
Sou um garoto que nunca se constrói em plenitude e que gosta de romper com possíveis estruturas, pois não há fim quando o assunto é viver...
As vivências humanas geram necessidades, mas não há motivos para angustia do que não se tem ou do que nunca se vai ter, 
Em resumo, viver para mim é poder unir o ser complexo e intenso ao ser que cativa um estado de espírito de paz, essa paz não precisa ser calma e o caos não precisa ser desolador, não há equilíbrio, assim como não há desequilíbrio, a vida precisa ser livre de julgamento, livre de verdades e mentiras, de certos e errados, a vida é um ato de teatro, o grito é a melhor e a maior forma de se libertar, viva em ação e contradição e FODA-SE todo o resto, DESCONSTRUA-SE!

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