quinta-feira, 4 de julho de 2013

Reflexões de Inverno

Hoje comecei meu dia de forma inesperada se comparado às últimas semanas, acordei as sete da manhã e fui logo refletindo sobre o sentido das coisas em minha vida, confesso que ultimamente as coisas não estão lá grande coisa, me coloca constantemente na parede com dedos na cara e tudo mais, é como se eu saísse dessa carapaça e me desprendesse do corpo para ver o que está sendo feito das minhas 24 horas cotidianas, aqui estou eu cantado Tim Maia: “Venho lhe dizer se algo andou errado, Eu fui o culpado, Rogo o seu perdão, Venho lhe seguir, lhe pedir desculpas, Foi por minha culpa a separação”.
É bem isso mesmo, eu acabo me condenando e assumindo que sou réu quase confesso, logo concluo que meu mundo precisa girar, mesmo que lento, porque não posso me corroer pelo imediatismo veloz e feroz alimentado nessa sociedade de horror! Tudo começa quando lembro que me deixei levar por uma falsa realização profissional, tive que me livrar desses entraves, velhas histórias, rotinas sem sentido, odiar papéis insanos e os jogar no lixo e por tabela levar seis anos, mas serviu para algo, para ver o quanto minhas escolhas fizeram com que eu não chegasse mais rápido ao meu objetivo inicial, que era a sala de aula, atingir no mínimo um ser, ajudar a mudar a vida de alguém, sabe, ver um sentido na vida!
A angústia que reside dentro de mim, me faz repensar e refletir no acordar de cada dia, mesmo que ao meio-dia, tenho ânsia, cede, necessidade e vontade de me desprender desse crime que cometi comigo mesmo, isso é parte de um julgamento necessário para eu me livrar desse passado, dessa cidade, dessa história e recomeçar um outro dia, ensolarado e a beira-mar... Venho lhe dizer que sou o culpado, eu permite essa traição, mas já basta, não posso mais aprisionar meus gritos internos, meu alerta alarmado, pois sou rei e coroa, porta bandeira e mestre sala, queijo e goiaba, sou eu, eu mesmo e sem Irenes. Assim você grita dentro de mim, eu lhe concedo espaço, faça o que deve ser feito, sem choro, lágrimas e lembranças daquilo que te anulou até essa linda manhã de inverno.

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