terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sentido

Com as estações vem as sensações,
Os sentimentos se condessam em forma de conflitos e emoções,
O vento traz as folhagens marrom blasé em meio a caminhada,
Me sinto selvagem em meio as macieiras devastadas,
Estou no paraíso sombrio porque você não me deixa atravessar pro outro lado,
Eu quero voltar à essência humana, ao amor puramente sentido,
Os dias são como noites sombrias e as noites são como dias fúnebres,
Vivo ouvindo drama, entendendo a razão e sentindo a emoção.
A lua segue rasgando minhas nuances,
Quero fazer a travessia, mais seus olhos negros me deixam hipnotizados e o único brilho que tenho é o da lua me ofuscando,
Alguns acreditam que o amor é a salvação, mas eu não vejo rendido um só coração,  
Tenho o sabor da dor escorrendo levemente pelos lábios machucados, sinto tudo tão intensamente,
Sinto o sal cristalizar as salivas que anseiam seus beijos, assim numa madrugada triste de verão,
Sigo confrontando meus sentimentos as estações e onde está você que não traz meus sentidos de volta?
Não traz calor nem frio, nem o fresco do outono, tampouco as flores da primavera,
Não quero as sensações simplesmente corporais,
Não quero um corpo elétrico em meio as energias puras do universo,
Preciso seguir pela estrada da vida, seja caminhando, voando, viajando, encontrando os sentidos e as sensações, essa é minha loucura sã, essa é minha liberdade presa, essa é minha essência desconstruída, meu caos calmo, meu eu fora de mim, eu simplesmente encontrando a paz da guerra que habita meu ser!

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