domingo, 8 de março de 2015

Domingos

Os dias se vão numa velocidade constrangedora,  
Na verdade nem ligo porque amo a noite,
Só que entre o dia e a noite temos o entardecer,     
E essa transição é de enlouquecer,  
É quando a luz não se ausenta totalmente e nem se faz presente, 
Gosto de dias nublados à branco, mas essa transição do cinza ao grafite é muito triste,
Eu fico procurando uma cor de luz e alegria, um tom de inspiração, isso parece uma prisão,  
Deitado desse lado da cama, a vida parece me empurrar no abismo, 
Em dias assim, sangro sem lutar,
A única luta que venço é a de colocar alguns palavras no papel, 
Palavras borradas e lágrimas cristalizadas, O pulso pulsa ao som de body eletric,
Alguns espamos musculares,  
Algumas estrelas surgindo, 
A refrescância fúnebre e silenciosa da noite finalmente chega em meu peito,  
Não tenho medo dessa tristeza reflexiva dos domingos, eu tenho de mim! 
Só não quero ficar deitado esperando uma morte confortante num mundinho de fachada  e de pessoas infelizes,  
Quero levantar e viajar para as estrelas e me constranger com o silêncio da reflexão  e não do vazio das tardes de domingo... 

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Velho amigo, obrigado... E assim são os nossos domingos! Quero o link do blog pra eu add aqui na minha barra... Abraços

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