segunda-feira, 13 de julho de 2015

Indefinido conclusivo

Nas reflexões da vida,  algumas metáforas trazem certezas, duas árvores plantadas próximas, estarão no mesmo terreno, serão iluminadas pelo mesmo sol, vão crescer cultivadas pela mesma chuva, talvez darão frutos, terão galhos que representarão suas formas de viver e morrer. 
Ainda que próximas serão diferentes, terão sombras que podem se encontrar conforme a luz iluminar, mas dificilmente terão galhos que se encontrem em plenitude!
Sou árvore, sou galho, sou metáfora, sou dois, sou um encontro no desencontro, esse sou eu, vivendo na morte e morrendo em vida, sendo sombra na luz, mar no barco, vento na vela, calmaria na fúria.
Sou o desencontro encontrado das estações, sou folhas pastéis voando ao céu, flores sem tom de coloração, aconchego no calor, frio nas chuvas de março.
Sou o conflito e a confusão, as partes partidas,  os espelhos rachados, sou o reflexo da sombra do outrem, de algo que ainda está em meus pensamentos, mas que passou da hora de estar crer-sendo numa nova era, em que ajusta as estações, o nascer,  o renascer,  a vida,  a morte, o movimento e o peso do meu coração.

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